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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

UM POUCO DE HISTÓRIA




Sesmarias vinham até as margens do Guaíba

No mesmo ano do início da concessão de semarias no Rio GRande do Sul - em 1732, em Tramandaí- os primeiros europeus edescendentes se estabeleceram na área do atual município de Porto Alegre. Eram eles Jerônimo de Ornellas, Sebastião Francisco Chaves e Dionísio Rodrigues Mendes.

O núcleo inicial do povoado viria a se instalar, duas décadas depois, na península, limite oeste da propriedade de Jerônimo de Ornellas.
As terras de Ornellas faziam divisa ao norte com a fazenda do tenente Francisco Ponto Bandeira, tendo o Rio Gravataí como divisa; ao sul com as terras de Sebastião Francisco Chaves, o limite era o Arroio Dilúvio, então chamado de Rio Jacareí; e, a leste, com as terra de Franscisco Xavier Azambuja. A sesmaria de Ornellas englobava os atuais bairros - Centro, Bom Fim, Independência, Moinhos de Ventos, Petrópolis, Floresta, Santana, Rio Branco, Passo da Areia, Cristo Redentor, São João e Navegantes.

Em 1733, Chaves se estabeleceu ao sul do Arroio Dilúvio. A sede de sua estância ficava nas imediações do atual bairro Glória (Gruta da Glória). As terras abrangiam os atuais bairros Praia de Belas, Menino Deus, Azenha, parde de Santana, Partenon, Stº Antônio, Medianeira, Glória, Teresópolis, Nonoai, Stª Teresa e Cristal.

Dionísio Rodrigues Mendes estabeleceu a sede da sesmaria no local onde se formaria mais tarde o bairro Belém Velho. Em 1785, possuía 300 cabeças de gado, 12 cavalos e 25 potros. MOrava com os filhos e alguns genros, todos vivendo da lavoura e da criação. Sua terras incluíam os atuais bairros Vila assunção, Vila Conceição, Pedra Redonda, Cavalhada, Tristeza, parte de Ipanema, Vila Nova e Belém Velho. Umpequeno promo´ntório do Guaíba é chamado até hoje Ponta do Dionísio. Ali ficava o porto de sua estância.

Genealogia 123: ancestrais de José Bernardes Rodrigues

Primeira Geração
1. José Bernardes Rodrigues nasceu em 12 janeiro 1782 em Viamão-RS.
José casou-se com Bárbara Firmina de Freitas, filha de Felisberto Rodrigues de Freitas e Maria Teresa de Jesus. Bárbara foi batizada em 8 dezembro 1791 em Encruzilhada do Sul-RS .
Segunda Geração
2. Francisco Rodrigues Martins nasceu c.1750 em Viamão-RS. Ele casou-se com Rosa Maria de Jesus em Viamão-RS.
3. Rosa Maria de Jesus nasceu em Rio Grande-RS.
Terceira Geração
4. Dionísio Rodrigues Mendes nasceu c.1695 em Vila de Tomar (PT). Ele faleceu em 14 agôsto 1791 em Viamão-RS. Dionísio casou-se com Beatriz Barbosa Rangel em Guaratinguetá-SP.
5. Beatriz Barbosa Rangel nasceu em 1714 em Guaratinguetá-SP. Ela faleceu em 6 novembro 1794 em Porto Alegre-RS (Belém Velho).
6. Manuel Lopes Guimarães nasceu em Santa Leocádia de Briteiros, Guimarães, Braga(PT). Ele casou-se com Catarina de Sena.
7. Catarina de Sena nasceu em Rio de Janeiro-RJ.
Quarta Geração
10. Baltazar Correia Moreira casou-se com Fabiana da Costa Rangel.
11. Fabiana da Costa Rangel.
12. José Lopes de Abreu nasceu em Santa Leocádia de Briteiros, Guimarães, Braga(PT). Ele casou-se com Custódia Mendes.
13. Custódia Mendes nasceu em Santa Leocádia de Briteiros, Guimarães, Braga(PT).
14. Lourenço Pereira casou-se com Anastácia Antunes.
15. Anastácia Antunes.
Quinta Geração
20. Matias Martins.
22. Francisco Nunes da Costa nasceu1 em Capitania do Espírito Santo. Ele casou-se com Lucrécia Leme Barbosa.
23. Lucrécia Leme Barbosa.

Apêndice A - Fontes
1. LEME, Luiz Gonzaga da Silva, Genealogia Paulistana, Vol III, 32. http://www.geocities.com/lscamargo/gp/RapGo_1.htm.

A referência às sesmarias não foi acaso. Antes de ser povoada, em 1732, a área onde Porto Alegre viria a surgir foi dividida em três grandes fazendas, ou sesmarias (ao lado) - terras concedidas pela Coroa Portuguesa para produção agropecuária. Duarte, arquiteto de 53 anos, é descendente de Jerônimo de Ornelas, primeiro proprietário das terras que deram origem à Capital. Sua mãe, Maria de Lourdes Duarte, de 96 anos, é neta de Ornelas na sétima geração.

Para chegar ao compromisso (o encontro para a foto acima, onde três gerações de descendentes de Ornelas estão reunidas), Duarte saiu de casa, no bairro Ipanema, na zona sul da Capital, onde o fazendeiro Dionisio Rodrigues Mendes se instalou. A sesmaria de Dionisio ficava entre os arroios do Salso e Cavalhada, abrangendo o bairro de Ipanema. No trajeto, ele ainda cruzou a área da outra antiga sesmaria (de Sebastião Chaves) e chegou à Rua Duque de Caxias, que fica dentro dos limites da fazenda que foi de Ornelas.

Nascido na Ilha da Madeira, em Portugal, Ornelas se estabeleceu na região em 1732 depois de viver em Guaratinguetá, no interior paulista. Em 1752, chegaram à localidade cerca de 60 famílias portuguesas provenientes do Arquipélago dos Açores que ganharam autorização de Ornelas para plantar nas terras próximas ao rio. Mas a convivência entre o dono das terras e os colonos não foi fácil. Um dos filhos de Ornelas matou o açoriano Antônio Agostinho Castel Branco e o crime motivou o fazendeiro a vender em 1762 a estância para Inácio Francisco - provavelmente um genro. Ornelas foi para Triunfo, onde morreu em 1771.

Mas os 10 anos em que viveu na região foram suficientes para Ornelas deixar descendentes e formar o primeiro ramo familiar da cidade. Foram 10 filhos com Lucrécia Leme Barbosa, com quem estava casado na época - teve ainda dois filhos com outras duas mulheres. O próprio sesmeiro Dionísio Mendes era genro de Ornelas, segundo registros. Ou seja, Duarte é parente distante de boa parte da população porto-alegrense.

- Eles tinham uma média de 14 a 17 filhos na época - lembra.
Fonte: Zero Hora


Belém Velho foi a segunda paróquia de Porto Alegre, apenas precedida pela paróquia Nossa Senhora Madre de Deus, atual Catedral Metropolitana. O antigo arraial ainda conserva um predominante caráter rural na zona sul do município. Sua formação data de1824, quando um grupo de fiéis arrematou o terreno para a construção de uma capela consagrada a Nossa Senhora de Belém.

Esta igrejinha, entretanto, teve pouco tempo de duração, sendo demolida para dar lugar à outra mais espaçosa. A nova capela foi inaugurada no dia 2 de fevereiro de 1830, com a mesma invocação. A Capela funcionou praticamente como freguesia, já que tinha seus livros de registro dos batizados, óbitos e casamentos. Depois de ser destituída a paróquia, Belém Velho não morreu, mas imobilizou-se no tempo, sem haver experimentado qualquer expansão urbana. Com suas paisagens, grandes figueiras e sugestivas casinhas remanescentes do século XIX, conserva as características de um pequeno arraial de feição rústica, nascido junto à sede, inteiramente desaparecida, da sesmaria de Dionísio Rodrigues Mendes.

Hoje na Capela de Belém Velho, restaram internamente as grades de madeira em talha com aplicação de flores e uma pia de água benta. De épocas mais recentes, a pomba, simbolizando o Espírito Santo em prata de lei batida e cinzelada e sobre um sustentáculo de madeira trabalhado, a imagem de Cristo e a imagem de Santa Luzia.

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